A Renault utilizou "estratégias fraudulentas" durante mais de sete anos para enganar sobre os níveis de contaminação dos motores diesel, segundo um relatório dos serviços antifraude franceses revelado pelo jornal “Libération”.
“A Renault SAS enganou os consumidores sobre os controlos efectuados e, em particular, no controlo regulamentar de homologação sobre as emissões contaminantes”, afirma o organismo antifraude dependente do Ministério da Economia (DGCCRF) num documento de Novembro de 2016, que serviu para a abertura de uma investigação judicial em Janeiro passado.
Um porta-voz da empresa disse à agência Efe que o grupo tornará público um comunicado sobre a polémica durante esta quarta-feira.
Várias marcas automóveis ficaram sob suspeita após o escândalo da Volkswagen, que rebentou a 18 de Setembro do ano passado, quando se percebeu que a construtora alemã instalara um kit fraudulento de emissões poluentes nos motores EA 189, usado em modelos a gasóleo da VW e da Audi, que ocultavam os valores reais de poluição gerados por esses motores.
Os veículos afectados em Portugal são 125.491, segundo o relatório preliminar apresentado pelo grupo de trabalho criado pelo Governo. Segundo o plano do grupo alemão, este mês vão começar a ser chamados os veículos com os motores 2.0 TDI das várias marcas afectadas, sendo que no segundo trimestre serão chamados os modelos equipados com os motores 1.2 TDI.