O encontro entre o Presidente brasileiro e o seu homólogo ucraniano na cimeira do G7 acabou por não acontecer este domingo, com Volodymyr Zelensky a referir que "não houve diligências" por parte de Lula da Silva.
Zelensky fez esta afirmação numa conferência de imprensa, quando questionado pelos meios de comunicação social sobre a razão pela qual não manteve um encontro bilateral com Lula em Hiroxima, já que este foi um dos poucos chefes de Estado com quem não se reuniu pessoalmente à margem da cimeira do Grupo dos Sete e dos países convidados do chamado "sul global".
O chefe de Estado ucraniano sublinhou a importância de "estar unido" para fazer avançar a sua fórmula da paz, que também apresentou na cimeira do G20 do ano passado, em Bali, na Indonésia.
"Estive em contacto com alguns líderes, mas não houve nenhum passo da parte deles", acrescentou o Presidente ucraniano na conferência de imprensa, referindo-se à comitiva brasileira e dando a entender que poderá ter sido uma questão de problemas de agenda.
"Por vezes, no passado, trabalhámos muito bem e, hoje, precisamos de envolver o maior número possível de países", afirmou Zelensky, referindo que gastou "muito tempo" nestas conversações.
"Encontro-me com quase toda a gente, em quase todo o lado, embora todos os líderes tenham os seus próprios horários e agendas", sublinhou.
Lula da Silva, por seu lado, afirmou numa reunião com o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia "deve ser discutida" no Conselho de Segurança da ONU, segundo fontes da presidência brasileira citadas pela agência de notícias espanhola EFE.
A reunião durou cerca de meia hora e decorreu no âmbito da cimeira do G7, onde Lula tem criticado fortemente aquele órgão das Nações Unidas.