O Papa pediu aos sacerdotes que sejam motores de "encontro" e de "perdão". O apelo de Francisco foi lançado na homilia da Missa Crismal celebrada esta quinta-feira, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
A Missa do Crisma é concelebrada pelo Papa com os cardeais, bispos e padres (diocesanos e religiosos) presentes em Roma. Durante a missa, os sacerdotes renovam as promessas feitas no momento da ordenação; são abençoados o óleo dos enfermos, o óleo dos catecúmenos e do crisma.
O Papa lembrou que os sacerdotes são "testemunhas e ministros da misericórdia" e têm a "doce e reconfortante tarefa de a encarnar como fez Jesus que «andou de lugar em lugar, fazendo o bem e curando".
Francisco alertou o clero para as vezes em que "cegos" e "privados" da luz da fé, se opta por "sorver uma espiritualidade aos goles", "superficial e sem compromisso" num "excesso de teologias complicadas".
"Somos oprimidos, não por ameaças e empurrões, como muitas pessoas pobres, mas pelo fascínio de mil e uma propostas de consumo a que não conseguimos renunciar para caminhar, livres, pelas sendas que nos conduzem ao amor dos nossos irmãos, ao rebanho do Senhor, às ovelhas que aguardam pela voz dos seus pastores."
No ano Jubilar o Papa pede um compromisso para comunicar a misericórdia a todos os homens.
Na tarde desta Quinta-feira Santa, Francisco preside à celebração da tarde, dando início ao Tríduo Pascal, com refugiados e refugiadas, no centro de requerentes de asilo de Castelnuovo di Porto, cerca de 30 quilómetros a norte do Vaticano, numa cerimónia que incluiu o tradicional lava-pés.