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Os cidadãos nacionais ou legalmente residentes em Portugal que vierem do Reino Unido podem fazer o teste à Covid-19 à chegada ao país, no aeroporto, anunciou esta segunda-feira o Governo.
A medida, tomada no âmbito das restrições tomadas por causa da nova variante da Covid-19, é provisória, avança em comunicado o Ministério das Infraestruturas.
O Governo português reconhece que esta é uma "situação difícil de gerir por parte das companhias aéreas, nomeadamente quanto à questão contraordenacional e quanto aos cidadãos que se preparavam para embarcar no Reino Unido com destino a Portugal e que não dispunham ainda de um teste negativo ao SARS-COV-2".
Por isso, articulou com a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) "no sentido de acautelar que seja tomado em consideração o curto espaço de tempo que foi dado às companhias aéreas para o cumprimento do referido diploma, mais se pretendendo que, transitoriamente, os cidadãos nacionais e legalmente residentes em Portugal que não sejam portadores de comprovativo de realização de teste negativo sejam encaminhados pelas autoridades competentes, à chegada a território nacional, para realização do referido teste no interior do aeroporto, através de profissionais de saúde habilitados para o efeito (ficando em isolamento nos termos definidos pelas autoridades de saúde)".
O Governo português anunciou, no domingo, a proibição de entrada em território nacional de passageiros de voos oriundos do Reino Unido que não sejam portugueses, sendo que aqueles que tenham nacionalidade terão de apresentar um teste negativo à Covid-19.
A decisão surge depois de vários países terem anunciado a suspensão de voos e outras ligações com o território britânico por causa de uma nova estirpe do SARS-CoV-2 detetada no sudeste de Inglaterra.
A medida entrou em vigor esta segunda-feira.
Em Portugal ainda não há casos de infeção por esta nova estirpe, ao contrário de outros países europeus, como Itália ou Dinamarca.
A nova variante do SARS-CoV-2, o coronavírus que provoca a doença Covid-19, foi inicialmente detetada no sudeste de Inglaterra em setembro.
Mike Ryan, especialista em emergências da OMS, adianta que "ainda nada sugere" que esta estirpe provoque casos mais graves de Covid-19 ou que ponha em causa a eficácia das vacinas já desenvolvidas e em distribuição, embora tenha confirmado que parece ser mais contagiosa.