Aumentam os receios sobre uma escalada de violência entre israelitas e palestinianos.
O exército israelita disse ter lançado, esta sexta-feira, ataques no Líbano, enquanto uma estação de televisão libanesa relatou explosões na cidade portuária de Tyr.
O incidente ocorreu horas depois de três dezenas de foguetes terem sido disparados do sul do Líbano para Israel, no maior ataque do género desde 2006, quando os dois países estiveram em guerra, anunciaram as forças de defesa israelitas.
Várias explosões também foram ouvidas na quinta-feira à noite em Gaza, poucos minutos depois de o Exército israelita ter anunciado que estava a “realizar ataques na Faixa de Gaza”, noticiou a agência France-Presse (AFP).
Um porta-voz militar israelita confirmou que as tropas atacaram alvos em Gaza, noticiou a agência espanhola EFE.
"As Forças de Defesa de Israel (FDI) atacaram dois túneis terroristas e dois locais de fabrico de armas pertencentes à organização terrorista Hamas", salientou o Exército em comunicado, no qual explicou que "o ataque foi realizado em resposta às violações de segurança pelo Hamas nos últimos dias".
Segundo o Exército, quer os projéteis lançados nesta quinta-feira da Faixa de Gaza, quer os disparados desde o Líbano foram responsabilidade de grupos palestinianos.
Já fontes de segurança palestinianas em Gaza disseram que o "bombardeamento pesado" israelita na Faixa de Gaza foi realizado com aviões de guerra.
O pessoal médico em Gaza confirmou que até agora nenhum ferimento foi relatado como resultado destes ataques, enquanto testemunhas descreveram "grandes colunas de fumo”.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tinha prometido para quinta-feira à noite uma resposta militar, depois de mais de três dezenas de foguetes terem sido disparados do Líbano para Israel, num ataque que atribuiu a ativistas palestinianos.
Cinco dos projéteis que caíram em solo israelita provocaram dois feridos ligeiros e alguns danos, indicaram as FDI, citadas pelo jornal ‘online’ The Times of Israel.
Egito contacta EUA e Israel para diminuir tensões
O Governo egípcio está a realizar “amplas consultas com o lado israelita, com os Estados Unidos e com fações palestinianas separadas”, de acordo com a estação de televisão Al Arabiya, que cita fontes governamentais.
O objetivo é o de “restaurar a calma o mais rápido possível”, segundo as mesmas fontes.
Entretanto, o governo do Cairo exigiu que Israel se abstivesse de atacar bairros residenciais e civis na Faixa de Gaza.
O Egito já chegou a intervir como mediador em situações de crise, em torno de Gaza, quando os dois lados do conflito se envolviam em confrontos militares diretos.
O Egito mantém relações diplomáticas com Israel e, ao mesmo tempo, mantém contacto com grupos palestinianos que atuam na zona de Gaza, que faz fronteira com território egípcio.
Já na madrugada de quarta-feira se registaram confrontos entre palestinianos e a polícia de Israel, junto à mesquita de Al Aqsa, em Jerusalém.
Na ocasião, mais de 30 palestinianos ficaram feridos e cerca de 350 foram detidos.