Hong Kong anunciou esta terça-feira que vai proibir a importação de produtos aquáticos de Fukushima e outras prefeituras japonesas se Tóquio descarregar águas residuais radioativas tratadas no mar.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente e Ecologia, Tse Chin-wan, embora as águas residuais da central nuclear danificada de Fukushima sejam tratadas antes de serem descarregadas no Oceano Pacífico, quaisquer erros no processo afetariam significativamente a ecologia e a segurança alimentar.
“A nossa avaliação mostra que as prefeituras perto de Fukushima têm riscos mais altos, então estamos a adotar um caminho responsável para os nossos residentes”, disse em conferência de imprensa.
Os 10 territórios afetados pelas proibições são Tóquio, Fukushima, Chiba, Tochigi, Ibaraki, Gunma, Miyagi, Niigata, Nagano e Saitama.
O primeiro-ministro, Fumio Kishida, deu o aval final numa reunião dos ministros envolvidos no plano e deu instruções ao operador da central, a Tokyo Electric Power Company Holdings (TEPCO), para estar pronto para iniciar as descargas na quinta-feira, se o tempo o permitir.
A libertação de água começa quase 12 anos e meio após a fusão nuclear de março de 2011, causada por um forte terramoto e tsunami.
A central de Fukushima Daiichi deverá, no início de 2024, ficar sem espaço para armazenar cerca de 1,33 milhões de toneladas de água, proveniente de chuva, água subterrânea ou injeções necessárias para arrefecer os núcleos dos reatores nucleares.