O manifesto encontrado na casa da atiradora que matou, na segunda-feira, seis pessoas numa escola primária de Nashville, no estado norte-americano do Tennessee, indica que outros locais seriam possíveis alvos, disse a polícia.
O documento "mostra que ia haver um tiroteio em massa em vários locais, e a escola era um deles", afirmou o chefe da polícia de Nashville, John Drake, à televisão norte-americana.
A atiradora, que matou três crianças e três adultos na The Covenant School, uma escola cristã particular, fundada em 2001 e com perto de 200 alunos, era uma antiga aluna do estabelecimento e terá planeado o ataque, indicaram as autoridades policiais.
Drake indicou que Audrey Hale, morta no local, terá premeditado o tiroteio, de acordo com mapas da escola, onde estavam detalhadas as entradas do edifício e a localização das câmaras de segurança, encontrados pelas autoridades na casa onde residia com os pais.
Hale, de 28 anos e natural de Nashville, não tinha registo criminal e entrou na escola com duas armas semiautomáticas e pelo menos uma pistola.
O tiroteio mortal ocorre num momento em que as comunidades em todo o país recuperam de uma onda de violência escolar, que inclui o massacre numa escola primária em Uvalde, no Texas, no ano passado, e um tiroteio na semana passada em Denver, que feriu dois administradores.
Este é já o 128.º tiroteio em massa nos Estados Unidos desde o início do ano, de acordo com dados do Gun Violence Archive, que define um tiroteio em massa quando pelo menos quatro pessoas são baleadas, excluindo o atirador.
Os Estados Unidos, onde circulam aproximadamente 400 milhões de armas de fogo, são frequentemente afetados por tiroteios mortais, inclusive em escolas.
Desde o início de 2023, foram registados pelo menos 30 incidentes envolvendo armas de fogo em escolas nos Estados Unidos, que deixaram oito mortos e 23 feridos, segundo dados da organização Everytown for Gun Safety.