Falhanço "faraónico". Três homens apanhados a tentar roubar estátua de Ramsés II com 10 toneladas
11-01-2023 - 06:53
 • André Rodrigues com agências

Ministério Público egípcio revela que os "três suspeitos foram detidos na posse de ferramentas manuais de escavação e equipamento pesado, uma grua". Polícia está a investigar outros possíveis envolvidos.

As autoridades egípcias anunciaram, esta terça-feira, a detenção de três pessoas que tentaram roubar uma estátua milenar do faraó Ramsés II.

De acordo com o ministério público egípcio, os suspeitos recorreram a uma grua para retirar a estátua faraónica na antiga cidade de Aswan, a 675 km a sul do Cairo.

Em comunicado, as autoridades do Egito acrescentam que os "três suspeitos foram detidos na posse de ferramentas manuais de escavação e equipamento pesado, uma grua" que usaram para tentar "levantar a estátua e escavar as antiguidades da região".

Mais tarde, a autoridade de antiguidades de Aswan confirmou que se tratava, de facto, da estátua de Ramsés II, “que pesa cerca de 10 toneladas”.

O ministério público egípcio já ordenou à polícia que "investigasse prontamente outras pessoas envolvidas com os suspeitos do crime".

Ramsés II, um dos faraós mais célebres da 19ª Dinastia, reinou durante 67 anos e era conhecido em todo o Egito como um grande guerreiro e construtor de templos por todo o país.

Na última década, o Egito recuperou 29 mil antiguidades que saíram ilegalmente do país.

Roubos de antiguidades recorrentes

Os Estados Unidos devolveram um dos maiores sarcófagos faraónicos de madeira alguma vez descobertos e levados para o exterior.

Trata-se do “Sarcófago Verde”, um caixão que pertenceu a um padre da cidade de Heracleópolis Magna, chamado Anj em Maat no período tardio, há cerca de 2.700 anos.

O sarcófago, com 2,94 metros de comprimento e 90 centímetros de largura, com a face pintada de verde, tinha sido descoberto no centro do Egito e posteriormente roubado do país. É feito de madeira decorado com colunas e textos hieroglíficos com douramento.

O retrato do sarcófago é pintado de verde, que simbolizava a ressurreição no antigo Egito.

O encarregado de negócios dos EUA no Egito, Daniel Rubinstein, entregou simbolicamente o artefacto durante uma cerimónia no Cairo na passada segunda-feira.

O diretor do Conselho Supremo de Antiguidades, Mostafa Waziri, destacou as características do famoso Sarcófago Verde. “Existem dois tipos de sarcófagos: os de restos reais e os de nobres. Este pertencia a um nobre", disse ele.

O sarcófago remonta ao período tardio, desde os últimos governantes em 664 a.C. até à campanha de Alexandre, o Grande, em 332 a.C.