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É possível que um português dos grupos prioritários da primeira fase de vacinação receba a vacina contra a Covid-19 depois de alguém que integra a segunda fase? É, mas só por uns dias.
As orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS) são para que todas as Autoridades Regionais de Saúde (ARS) avancem para a segunda fase de vacinação, mesmo que faltem vacinar portugueses de grupos prioritários noutras regiões.
Em resposta enviada à Renascença, a DGS, em conjunto com a "task force" que coordena o processo de vacinação contra a Covid-19, adianta que “se existir uma ARS que termine a Fase 1 com alguns dias de antecedência e caso exista disponibilidade de vacinas, inicia imediatamente a Fase 2”.
O grupo de trabalho acrescenta, ainda, que “a acontecer, qualquer assimetria terá lugar apenas na última semana da Fase 1, que se estima acontecer em meados de abril”.
O último relatório da DGS dá conta de algumas discrepâncias no ritmo de vacinação por região. Até dia 21 de março, o Centro do país e o Alentejo apresentavam a maior percentagem de cobertura da vacina, com 7% do total dos residentes já vacinados com as duas doses. Já o Algarve e os Açores registam o valor mais baixo - apenas 3% da população local recebeu a vacinação completa.
Uma vez que a primeira fase integra sobretudo portugueses com mais de oitenta anos, para além dos profissionais de saúde e das forças armadas, segurança e serviços críticos, as diferenças na caracterização demográfica das regiões podem ajudar a explicar, em parte, esta variação.
No início do mês, o plano foi alterado para passar a integrar, também, professores e o pessoal não docente nesta primeira fase. Esta quinta-feira, a DGS adiantou que, ao contrário do que aconteceu nas estruturas residenciais para idosos, os docentes e funcionários que já tenham sido infetados com Covid-19 não vão receber a vacina para já.