O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou este domingo que os resultados da cimeira da ONU sobre o clima (COP25) ficaram aquém do esperado porque ainda "há países que negam evidência" das alterações climáticas, e resistem.
"Portugal tem em curso medidas para irmos também muito mais longe em matéria de alterações climáticas, mas há países que resistem, e como é preciso um acordo mundial há países que negam evidência ou que, aceitando a evidência, resistem", disse o chefe de Estado.
Falando aos jornalistas à margem de um almoço com pessoas em situação de sem-abrigo, em Lisboa, o Presidente salientou que, na sua ótica, essa foi a razão para "o acordo não ser tão generoso ou não ir tão longe quanto se esperaria".
Marcelo Rebelo de Sousa apontou que "para os europeus é uma evidência que isso é um problema grave" mas ressalvou que, "por exemplo, há eleitores americanos que ainda não acham isso, há eleitores brasileiros que ainda não acham isso".
"Depois, há eleitores nalguns países africanos que têm tantos problemas imediatos de sobrevivência que, porventura, isso não é tão debatido nem apresentado como tão importante", assinalou.
A COP25 decorreu em Madrid nas últimas duas semanas, e terminou esta manhã, dois dias depois do previsto.
Apesar de o acordo assinalar a urgência para conter as alterações climáticas, ficaram de fora alguns pontos essenciais.