Sem dizer uma palavra sobre o caso Influencer, que provocou a demissão de António Costa, a cooordenadora da moção de Pedro Nuno Santos disse no Congresso do PS, a decorrer em Lisboa, que 2024 é um ano "cheio de desafios eleitorais" e deixando um aviso: "Não nos deixaremos intimidar, nem tolher".
Alexandra Leitão apresentou a moção de orientação do líder do PS, dizendo esperar que o congresso marque "o início do caminho vitorioso do Partido Socialista para esses atos eleitorais".
Pedro Nuno Santos assume-se como "herdeiro" de Costa, absorve o legado de oito anos de governação, mas agora é preciso "fazer mais e melhor", diz Alexandra Leitão "numa lógica de continuidade com renovação".
No caminho da transição de um Pedro Nuno Santos mais moderado, a ex-ministra fala de um PS que se assume da "social democracia moderna" e "transformadora".
Falando da estratégia para reduzir a dívida pública, um tema sempre delicado para o agora líder do PS, Alexandra Leitão garante que o projeto de Pedro Nuno Santos "aposta num Estado transformador que invista em infraestruturas" ao mesmo tempo que mantém "o controlo da despesa pública e a trajetória de redução do défice orçamental e da dívida pública". Para o pedronunismo "este é um equilíbrio possível".
Na reta final do discurso, a ex-ministra referiu ainda que cabe ao PS "mobilizar-se para combater os populismos que ameaçam a democracia por todo o mundo", sem nunca referir o espaço do centro-direita ou o Chega.