Autarcas exigem obras na Linha da Beira Alta. "É uma emergência nacional”
05-03-2018 - 13:55

Mangualde vive assombrada pelas recordações do passado de mais de 30 anos com o acidente de Alcafache. Os constantes descarrilamentos na Linha da Beira Alta devem ser um alerta urgente, considera o autarca João Azevedo.

Os autarcas da região Centro pedem uma intervenção urgente para garantir a segurança na Linha da Beira Alta, depois do oitavo descarrilamento em quatro anos.

“Estas situações não se podem voltar a repetir. O Estado tem que resolver imediatamente esta situação. É uma emergência nacional”, disse à Renascença o presidente da Câmara de Mangualde, João Azevedo.

Mangualde vive assombrada pelas recordações do passado de mais de 30 anos com o acidente de Alcafache. Os constantes descarrilamentos na Linha da Beira Alta devem ser um alerta urgente, considera o autarca João Azevedo.

É necessário que essa obra seja feita, não só por uma questão de modernização e competitividade do território e do país, mas também por questões de segurança.”

O autarca socialista refere que nas últimas semanas reuniu com o ministro das Infraestruturas, Pedro Marques, e lamenta continuar tudo na mesma.

“Tive a oportunidade de, nas últimas semanas, ter referido isso junto do ministro Pedro Marques. Fi-lo em momento certo, infelizmente estão a acontecer outras situações que não deviam acontecer e esperamos que tenhamos a solução. Estas situações não se podem voltar a repetir. O Estado tem que resolver imediatamente e requalificar a linha da Beira Alta”, afirma o autarca João Azevedo.

A Linha da Beira Alta foi cortado no domingo, 4 de março, na sequência de um deslizamento de terras que provocou o descarrilamento de um comboio Intercidades. A bordo seguiam 75 pessoas e ninguém ficou ferido.

A circulação voltou a ser cortada esta segunda-feira, às 8h00, devido a um novo deslizamento de terras junto ao túnel do Coval, Mortágua, Viseu, onde no domingo um comboio de passageiros descarrilou.

Fonte da Infraestruturas de Portugal (IP) disse que na altura do novo deslizamento não estava nenhum comboio a passar.