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É uma “exigência inadiável” diz Jerónimo de Sousa. O secretário-geral do PCP defendeu este domingo em Lisboa a diversificação da compra de vacinas contra a covid-19, devido aos problemas gerados com a vacina da AstraZeneca.
O secretário-geral do PCP que inaugurou este domingo na Gare Marítima de Alcântara duas exposições que assinalam o centenário do partido, lembrou no discurso o que os comunistas têm vindo a defender para impedir condicionantes na vacinação
“Se a situação há muito reclamava uma solução defendida pelo PCP da diversificação da compra da vacina, como uma opção estratégica para controlar a epidemia em Portugal, ela tornou-se uma exigência inadiável” referiu Jerónimo de Sousa, num discurso à porta da Gare Marítima de Alcântara.
Na sua intervenção, o líder comunista acusou o Governo de por à frente os critérios do défice, em detrimento das necessidades das pessoas. Em causa ainda o envio para o Tribunal Constitucional dos diplomas dos apoios sociais.
O secretário-geral do PCP criticou ainda o executivo de António Costa por “persistir na discriminação dos trabalhadores independentes e das pequenas e médias empresas, apesar de quebras significativas que tiveram na faturação”
Nas palavras de Jerónimo de Sousa, o executivo resiste “em responder com os apoios necessários a quem foi obrigado a cessar a sua atividade, por decisão governamental, pondo à frente da resposta aos problemas das pessoas os critérios do défice assumindo como a grande prioridade”.
Mas Jerónimo de Sousa foi mais longe nas críticas, apontando o dedo ao governo no que toca aos “milhões para o Novo Banco” ou “nas cedências à EDP em borlas fiscais”. O secretário-geral do PCP lembrou ainda que “mais de dois terços dos apoios no combate à epidemia foram canalizados para as empresas, incluindo para as empresas de grandes grupos económicos, e menos de um terço para apoios socais”.
O secretário-geral do PCP falava esta tarde na inauguração de duas exposições na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa a propósito do centenário do partido. Uma das mostras, “100 anos de luta no distrito de Lisboa” é sobre a história do PCP e a outra, “Artes Plásticas – 100 anos 100 artistas” reúne importantes nomes e obras da criação contemporânea portuguesa. Entre eles estão nomes como Lourdes Castro, João Queiroz, Guilherme Parente, Fernanda Fragateiro ou Adriana Molder.
Na inauguração marcaram presença alguns artistas e gente da cultura. A todos Jerónimo de Sousa lembrou o momento difícil que o setor vive devido à pandemia. O secretário-geral dos comunistas sublinhou que “o surto do coronavírus evidenciou as enormes fragilidades estruturais do mundo do trabalho artístico e cultural”.
A exposição de arte que presta homenagem a nomes da cultura como Gerard Castelo-Lopes, pretende reunir “artistas sem quaisquer limitações estéticas e políticas” e junta também nomes como Vasco Araújo, Sara e André, Rui Calçada Bastos, Pedro Calapez, Noé Sendas, Manuel San-Payo, Luisa Cunha, João Abel Manta, Cristina Lamas ou Ilda David.