O autor da morte do ator Bruno Candé Marques vai ficar a aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva. A decisão foi conhecida esta segunda-feira ao início da tarde.
O juízo de instrução do Tribunal de Loures ouviu o homem de 80 anos, ao final da manhã, e decidiu aplicar a medida de coação mais grave.
Ao que a Renascença apurou, o arguido não quis prestar declarações perante o juiz.
O crime aconteceu no passado sábado, na avenida principal de Moscavide, altura em que o ator foi baleado por um homem com cerca de 80 anos, que foi detido no local.
Bruno Candé tinha três filhos menores, dois rapazes de cinco e seis anos e uma menina de dois anos.
O Bloco de Esquerda já pediu justiça, exigindo que todos os pormenores e motivações do crime sejam devidamente apurados. O mesmo pedido foi já feito pela SOS Racismo que não quer que seja mais um caso sem consequências.
A família exige "justiça célere e rigorosa" perante um crime que considerou "premeditado e racista".
Ouvido pela Polícia Judiciária, o homem de 80 anos, presumível autor do crime, terá dito que não houve qualquer motivação racial.