O secretário-geral da Fenprof apelou esta quarta-feira a uma "grande manifestação" no dia 20, à margem da reunião negocial com o Governo, porque a probabilidade de as reivindicações serem atendidas é maior se os docentes mantiverem uma "pressão forte".
"Parece-nos que há mais possibilidades de haver respostas se houver pressão sobre o Governo do que se não houver. Por isso é que, depois de termos sabido que havia reunião no dia 20, no Ministério da Educação, foi convocada uma grande manifestação/concentração de professores para dia 20, à porta do Ministério da Educação", destacou o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira.
À entrada para um plenário de professores do Agrupamento de Escolas Rainha Santa Isabel, em Coimbra, Mário Nogueira admitiu aos jornalistas que tem poucas expectativas para a reunião negocial sobre a revisão do regime de recrutamento e mobilidade, agendada para dia 20 de janeiro, no Ministério da Educação.
"É evidente que se, no dia 20, as respostas forem as que se exigem, obviamente que a luta poderia parar. Não sendo, e sinceramente tenho muito pouca expectativa nisso, tendo em conta o que foram as outras reuniões, a luta irá continuar", prometeu, lembrando ainda que para dia 11 de fevereiro está também agendada uma manifestação nacional, em defesa da profissão.
O secretário-geral da Fenprof chegou à sede do Agrupamento ao qual pertence por volta das 08h30, altura em que se começaram a concentrar à entrada da escola vários professores, exibindo cartazes a pedir respeito ou a exigir: "Precariedade não! Carreira recomposta. Salários atualizados. Horários legais. Aposentação justa".
Aos professores juntaram-se perto de duas centenas de alunos, que entoavam cânticos a pedir a união pela educação.
"Ministro escuta, a escola está em luta", "está na hora de o ministro ir embora" ou "é greve porque é grave" foram outros dos chavões gritados por alunos desta escola (entre o 5.º e o 9.º ano).
A partir de segunda-feira, inicia-se uma greve que, distrito a distrito, abrangerá todo o território continental. No distrito de Coimbra, a greve terá lugar no dia 24 de janeiro, na Praça 8 de Maio.