Os policias dizem que o chumbo do Orçamento não acaba com a necessidade de reivindicar melhores salários, um subsídio de risco mais alto, e outras regras para a pré-aposentação.
Por isso a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia decidiu manter o protesto lançado ontem.
Paulo Santos – o presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia – explica à Renascença que faz sentido manter o protesto, mesmo apesar da incerteza política.
“Temos agora que ajustar a nossa intervenção com base neste novo quadro político que desconhecemos, mas continuamos com este convite endereçado aos polícias para que continuem a demonstrar no seu dia a dia a sua insatisfação através desta forma de protesto, que é um excesso de prevenção, excesso de pedagogia junto do cidadão naquilo que diz respeito à sua missão policial”, anuncia Paulo Santos.
O protesto continua assim em “vigor”, com todos os policias desafiados a usar mais pedagogia do que multas.
“Nós não podemos fugir às nossas responsabilidades constituídas face àquilo que é a nossa missão e a nossa obrigação do ponto de vista profissional. Mas há espaço na nossa opinião, principalmente na componente rodoviária, que é aquela em que o polícia pode ter uma amplitude de ação bastante alargada.”
“É exatamente nesses casos concretos que podemos optar por levantar uma contraordenação face a uma irregularidade de trânsito, ou podemos pura e simplesmente, através da pedagogia, através da prevenção, não partir para a parte da repressão contraordenacional”, diz.