O presidente social-democrata, Pedro Passos Coelho, considera que "a divisão do PSD acabou nas eleições" internas, apelando a que quem ganhou saiba não excluir quem perdeu na construção de "um caminho novo".
"Agora não vai começar a divisão do PSD. A divisão do PSD acabou nas eleições, agora vai começar o processo de união do PSD e de construção de um caminho novo. Cabe a iniciativa a quem ganhou, mas não se pode excluir quem perdeu", afirmou Passos Coelho, na tomada de posse dos órgãos concelhios do PSD-Lisboa.
O ainda presidente do partido - Rui Rio foi eleito em diretas, mas apenas será empossado no Congresso entre 16 e 18 de fevereiro - disse que o PSD contará sempre com ele, mas avisou que "agora os protagonistas são outros".
"Não vamos andar, como se costuma dizer, a armar ao pingarelho", afirmou, provocando risos na assistência.
Passos Coelho salientou que "há muita gente fantástica no PSD" que, "independentemente de "proximidades pessoais, acrescenta muito ao projeto do partido".
"Assim as pessoas saibam, acabadas as eleições, ver o que é importante e o que as une, que é imenso", apelou, dizendo ter gostado de ouvir durante a sessão elogios ao candidato derrotado nas diretas, Pedro Santana Lopes.
Alertando que o novo ciclo se fará "das duas partes" e que todos têm de se empenhar, o ainda presidente do PSD deixou a convicção de que, se tal acontecer, os resultados aparecerão.
"Quem tem uma certa confiança não está sempre a fazer contas para ver se dá ou não dá: há de dar! E se não der a gente continua, sabemos o que queremos e não andamos a vestir e a despir a ver se agradamos de qualquer maneira e se chegamos lá de qualquer maneira", afirmou, recebendo o maior aplauso da sessão.