A polícia francesa anuncia que os "comboios da liberdade", inspirados pelo movimento lançado no Canadá de protesto contra as restrições sanitárias, que planeavam "bloquear a capital francesa" a partir de sexta-feira, estão proibidos em Paris.
"Será criado um mecanismo específico para evitar bloqueios de estradas, e para multar e prender os infratores", refere uma nota oficial.
Os motoristas que violarem a ordem de não protestar em Paris correm o risco de dois anos de prisão, uma multa de 4.500 euros e ainda podem ter a sua carta de condução suspensa.
Os manifestantes partiram do sul da França, na quarta-feira, no denominado "comboio da liberdade" que convergirá em Paris e Bruxelas para exigir o fim das restrições da Covid-19.
A Covid-19 provocou pelo menos 5.761.646 de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
O movimento "Comboio da Liberdade" (Freedom Convoy é o nome original, em inglês) começou no final de janeiro por ser uma reivindicação de camionistas canadianos, mas tornou-se um protesto mais alargado contra medidas sanitárias e o Governo do país.
As autoridades do Canadá decidiram, desde meados de janeiro, exigir que os camionistas tivessem de apresentar certificado de vacinação para atravessar a fronteira para os Estados Unidos (EUA).
Em reação, a 29 de janeiro, um grupo de camionistas bloqueou as ruas de Otava, a capital administrativa do Canadá, em frente ao parlamento e ao gabinete do primeiro-ministro, para protestar a decisão.