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Apesar dos recentes ataques que atingiram cidades iraquianas e do aumento dos contágios Covid-19, que limitam a participação nas celebrações presididas pelo Papa, a viagem confirma-se, “salvo mudanças de última hora”, refere a agência Reuters depois de contactar fontes próximas do Papa.
Segundo “três fontes do Vaticano que pediram anonimato”, Francisco vai, já na próxima sexta-feira, “embarcar numa viagem turbulenta de quatro dias “para mostrar solidariedade à devastada comunidade cristã do país” e terá convencido “alguns assessores perplexos do Vaticano de que vale a pena o risco”.
Recentemente, o arcebispo Bashar Warda de Erbil disse, numa videoconferência, que “o Papa sabe para onde vai” e que “vai deliberadamente para uma área marcada pela guerra e violência para trazer uma mensagem de paz”.
O prelado acrescentou ainda que “as autoridades estão a encarar muito a sério a segurança do Papa tendo, para este efeito, destacado 10.000 seguranças”.
Entretanto, o número de contágios pelo novo coronavírus no Iraque tem vindo a aumentar, com 3.543 novos casos confirmados no sábado. De acordo com o Ministério da Saúde iraquiano, o país já registou mais de 690 mil casos.
Com a disseminação da nova variante e o aumento dos casos, uma série de novas medidas foram introduzidas para tentar conter a pandemia, incluindo a proibição de viagens entre as províncias iraquianas.
Para terça-feira, está previsto um ‘briefing’ na Sala de Imprensa do Vaticano para divulgar aos jornalistas acreditados mais detalhes sobre a viagem do Papa Francisco ao Iraque.
Numa entrevista publicada nesta segunda-feira ao jornal “Corriere della Sera”, o Papa Emérito mostrou-se preocupado com a viagem de Francisco.
“Creio tratar-se de uma viagem muito importante. Infelizmente, estamos num momento muito difícil, que torna a viagem perigosa, por razões de segurança, por causa da Covid e também pela situação instável do Iraque. Acompanharei Francisco com a minha oração”, afirmou Bento XVI.