O míssil que abateu o voo MH17 quando sobrevoava a Ucrânia em 2014 foi lançado de uma unidade militar russa, indicaram esta quinta-feira os investigadores internacionais.
Os investigadores "concluíram que o míssil Bouk-Telar que abateu o MH17 veio da 53.ª brigada antiaérea baseada em Koursk, na Rússia", anunciou Wilbert Paulissen, da Polícia Nacional Holandesa, um dos integrantes da equipa que investiga o caso.
"A 53.ª brigada faz parte das forças armadas russas", acrescentou Paulissen durante uma conferência de imprensa na Holanda, referindo que as conclusões foram tiradas após a análise detalhada de imagens de vídeo e fotos.
Já o procurador holandês Fred Westerbeke disse que os investigadores têm "feito grandes progressos com a identificação de cerca de 100 pessoas envolvidas no facto", mas disse também que a investigação "ainda não acabou".
Wilbert Paulissen disse que "não se pode confirmar porque o míssil foi lançado" contra o avião e também não quis dar os nomes das pessoas identificadas, mas disse que estas "serão levadas perante a justiça holandesa", que julgará o que aconteceu quando a equipa de investigadores terminar o seu trabalho.
Em setembro de 2016, os investigadores internacionais já haviam concluído que o míssil havia sido lançado da Rússia, mas não disseram quem o havia disparado.
O voo MH17 saiu de Amesterdão, na Holanda, e tinha como destino Kuala Lumpur, na Malásia, quando foi atingido por um míssil a leste da Ucrânia, a 17 de julho de 2014. Todos os 298 passageiros e tripulantes morreram no acidente.
A Rússia sempre negou o seu envolvimento no ataque ao avião.