De acordo com as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o sismo na Turquia e Síria terá afetado diretamente 23 milhões de pessoas, das quais 1,4 milhões são crianças.
Segundo o mesmo organismo, citado pelo The Guardian, a Turquia demonstrou uma resposta de emergência mais robusta ao terramoto, enquanto na Síria as consequências dos tremores de terra se acumulam sobre a crise humanitária e surto de cólera que assolam o país.
De acordo com Adelheid Marschang, é "uma crise que se sobrepõe a múltiplas crises que afetam a região". Numa reunião em Genebra, o responsável de emergências da OMS, os pedidos de ajuda humanitária na Síria atingiram o seu máximo após 12 anos de uma crise humanitária "complexa".
De acordo com o jornal britânico, a OMS já anunciou o envio de equipamentos médicos, incluindo kits de trauma e emergência cirúrgica, assim como a criação de uma rede de emergência na região.
Para o diretor-geral da organização, Tedros Ghebreyesus, "é agora uma corrida contra o tempo". "Cada minuto, cada hora que passa, as probabilidades de encontrar sobreviventes diminui".
O número de mortos na sequência do sismo que assolou a Turquia e a Síria, na segunda-feira, pode chegar aos 20 mil nos próximos dias, de acordo com as previsões da OMS.
Neste momento, há registo de mais de cinco mil mortos e pelo menos 20 mil feridos. Na Turquia, mais de seis mil prédios colapsaram, desalojando mais de 300 mil pessoas.