Cerca de 16.000 russos alistaram-se para combater na Ucrânia desde o ataque que matou 144 pessoas nos arredores de Moscovo em 22 de março, anunciou o Ministério da Defesa da Rússia.
"A maioria dos candidatos indicou como principal motivação para a assinatura do contrato o desejo de vingar os mortos na tragédia de 22 de março", disse o ministério num comunicado citado pela agência espanhola EFE.
O ataque terrorista foi reivindicado pelo Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISPK), mas as autoridades russas insistem que o rasto do ataque leva à Ucrânia, o que Kiev nega veementemente.
Apesar de reconhecerem o envolvimento de islamistas no atentado, os investigadores russos afirmam que receberam "quantias significativas de dinheiro e criptomoedas da Ucrânia" para preparar o ataque.
Na segunda-feira, o Serviço de Informações Externas da Rússia (FSB) associou o ataque terrorista aos ataques ucranianos nas regiões fronteiriças russas nos últimos meses, sobretudo Kursk e Belgorod.
As forças de segurança russas comunicaram a detenção de 15 pessoas relacionadas com o ataque de 22 de março.
Todos os detidos são de etnia tajique, incluindo os quatro presumíveis autores do massacre na sala de espetáculos Crocus City Hall.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de março de 2022, desencadeando uma guerra com um número de baixas civis e militares por contabilizar.