“O gatilho não foi puxado, eu não puxei o gatilho”, afirma Alec Baldwin ao jornalista George Stephanopoulos, da ABC News.
O ator de “Rust” respondia à afirmação: “Não estava no guião o gatilho ser puxado”. Face à resposta, Stephanopoulos insistiu: “Então, não puxou o gatilho?”
“Não, não, não. Eu nunca apontaria uma arma a ninguém e puxaria o gatilho. Nunca”, garante Baldwin.
O excerto da entrevista – a primeira desde o fatídico acidente no cenário de rodagens – foi lançado na quarta-feira à noite, devendo a conversa ser emitida na íntegra nesta quinta-feira.
A tragédia ocorreu no dia 21 de outubro. Alec Baldwin estava a ensaiar uma cena com a arma – um “desenho cruzado” – e a apontá-la para as lentes da câmara.
Quando lhe foi entregue a arma, foi-lhe dito que não teria munições reais: “cold gun”.
“Alguém colocou uma bala real onde não deveria estar e não tenho ideia de quem terá sido”, afirmou o ator à ABC, sem explicar como a arma terá sido disparada se o gatilho não foi pressionado.
O assistente de realização Dave Halls já admitiu às autoridades não ter inspecionado, como deveria, todos os cartuchos existentes na arma que entregou a Alec Baldwin. Apesar disso, transmitiu ao ator que a arma seria segura de manusear.
A arma acabou por atingir fatalmente a diretora de fotografia, Halyna Hutchins, de 42 anos. O realizador, Joel Souza, de 48 anos, também foi atingido num ombro e levado para o hospital, donde já saiu.
Do inquérito em curso ainda não há conclusões nem foram apuradas responsabilidades.
No dia do acidente, Alec Baldwin escreve no Twitter que se sentia “devastado” pelo sucedido.