Ganhar em Milão e em Alvalade representará ganhar grande embalagem para atingir a fase a eliminar, perdendo ou empatando deixa tudo mais difícil, mas, ainda assim, não irremediavelmente fora do seu alcance.
À vista desarmada, a tarefa dos dragões parece apresentar-se como mais complicada. Jogam em Milão e vão ter pela frente uma equipa que continua a fazer uma excelente campanha a nível interno, em contraste com a nulidade que está à vista na Liga dos Campeões, onde não conquistou ainda um ponto sequer. Exatamente por isso é que se deve esperar um jogo diferente dos milaneses, tendo os portistas que contar com dificuldades de monta durante os 90 minutos.
Os leões são claramente favoritos, depois de em Istambul terem conseguido vencer o seu adversário de hoje, o Besiktas, por uma diferença de três golos. Só que há 90 minutos para jogar e a equipa de Rúben Amorim não pode desperdiçar a oportunidade de arrecadar mais cerca de três milhões e também abrir ainda mais porta à chegada aos oitavos de final da Champions, uma tarefa que continua a exigir muita aplicação e uma enorme intensidade.
O Benfica sofreu ontem nova goleada frente à poderosa equipa do Bayern de Munique, nada que tenha escapado às previsões da grande maioria dos observadores. Jorge Jesus também terá dado um forte contributo para o novo desaire, entrando no Arena com um 11 à revelia daquilo que mais interessava aos lisboetas.
Face à sua atual produção, os bávaros parece terem encarado este jogo com menos preocupações, e só despertaram mesmo quando o Benfica marcou um golo que o var viria a não confirmar. Depois, os alemães voltaram ao seu normal marcando cinco golos, embora consentindo dois. A equipa portuguesa acabou mesmo por ser a única a marcar na baliza de Manuel Neuer em todos os desafios até agora disputados na competição milionária.
Apesar da goleada de ontem à noite, o Benfica continua a depender apenas de si próprio. O jogo que se segue é em Barcelona, e depois da goleada em Lisboa os encarnados têm justificadas ambições de conseguir um resultado positivo que lhes permita chegar à fase a eliminar.
Portanto, para as equipas portuguesas nada está ganho, mas também nada está perdido. Está nas mãos e nos pés dos seus jogadores a possibilidade de nenhuma delas ser atirada borda fora em direção à Liga Europa.