Para assinalar o Dia Mundial da Terra, o Papa Francisco divulga uma mensagem em que considera que "a natureza global necessita das nossas vidas neste planeta” e que a pandemia de Covid-19 nos ensinou a necessidade da interdependência.
Num vídeo divulgado na tarde de hoje, Francisco refere que “ambas as catástrofes globais, a Covid e o clima, demostram que não temos mais tempo para esperar, que o tempo nos pressiona e que, como nos demonstrou a Covid-19, temos os meios para enfrentar o desafio”. Por isso, se “temos os meios, é hora de agir, estamos no limite”, conclui.
O Papa parte de um velho ditado espanhol que diz: “Deus perdoa sempre, os homens perdoam de vez em quando, a natureza já não perdoa”, para deixar um alerta: “quando se desencadeia esta destruição da natureza, é muito difícil travá-la. Mas ainda temos tempo. E seremos mais resilientes se trabalharmos juntos em vez de o fazer sozinhos”.
Francisco pede mais inovação, invenção e busca de novos caminhos, porque “se não sairmos melhores da atual crise, vamos por um caminho da autodestruição”.
E deixa um apelo aos líderes mundiais “para que atuem com coragem, com justiça e que digam sempre a verdade às pessoas, para que as pessoas saibam como se proteger da destruição do planeta e como proteger o planeta da destruição que muitas vezes desencadeamos”.
O Santo Padre enviou também uma mensagem para a Cimeira de Líderes sobre o Clima, organizada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden.
O Papa saudou os participantes considerando-a uma "iniciativa feliz", numa breve declaração por videoconferência.
Temos que ser "zeladores da Natureza", uma "dádiva que recebemos e da qual temos que cuidar para o futuro", sublinhou.
"É cada vez mais importante devido ao desafio que enfrentamos no pós-pandemia. Precisamos de continuar a seguir em frente, porque não se sai de uma crise igual ao que se entrou, ou se sai melhor ou pior. Temos que garantir que temos um ambiente mais limpo, mais puro. Temos que o preservar, temos que cuidar da Natureza para que ela possa cuidar de nós", disse o Papa Francisco, concluindo a intervenção com votos de sucesso para a cimeira.
[notícia atualizada]