Não há má publicidade? Este canalizador discorda e a culpa é do Estado Islâmico
15-12-2015 - 18:01

Mark Oberholtzer vendeu a sua carrinha de caixa aberta a um stand. Mais tarde, viu-a na internet, equipada com arma antiaérea do Estado Islâmico. Quer uma indemnização de um milhão de dólares.

Diz-se muitas vezes que não existe má publicidade: mesmo um anúncio mal feito, se gerar conversa, pode promover uma marca. Mas Mark Oberholtzer, um canalizador residente no Texas, descobriu que isso não é bem assim. E da pior maneira.

Quando vendeu a sua carrinha de caixa-aberta a um stand, em 2013, Oberholtzer começou a retirar os decalques que assinalavam o seu nome e número de telefone de forma bem visível. Mas o vendedor disse para ele não se preocupar, os profissionais do stand tratariam do assunto.

Foi por isso com surpresa que Oberholtzer começou a receber chamadas em Dezembro de 2014 de pessoas enfurecidas por ele ser apoiante do autodenominado Estado Islâmico.

Confuso, apenas compreendeu o que se estava a passar quando viu o vídeo de propaganda do grupo jihadista em que a sua carrinha aparecia, ainda com o seu nome e número de telefone, agora equipada com uma arma antiaérea que disparava contra um avião, na Síria.

Agora, o canalizador quer que o "stand" lhe pague um milhão de dólares, cerca de 900 mil euros, não por ter permitido que o veículo chegasse às mãos de um grupo terrorista, mas por não ter cumprido com a sua obrigação de retirar os decalques, como se tinha comprometido.

Segundo a agência Religion News Service, dos Estados Unidos, foi possível determinar que a carrinha tinha sido vendida para a Turquia em Dezembro de 2013, um ano antes de aparecer no vídeo de propaganda do Estado Islâmico. O que aconteceu depois e a forma como entrou na Síria são um mistério.