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Francisco meditou esta à tarde na Paixão e morte de Cristo, a partir das reflexões do pregador da Casa Pontifícia, como habitualmente acontece na Sexta-Feira Santa. Desta vez, com a Basílica de São Pedro vazia de fiéis.
“A pandemia de coronavírus despertou-nos bruscamente do perigo maior que sempre correram os indivíduos e a humanidade: o do delírio de onipotência”, afirmou o padre Cantalamessa.
“Bastou o menor e mais informe elemento da natureza, um vírus, para nos recordar que somos mortais e que o poderio militar e a tecnologia não bastam para nos salvar.”
E como o vírus não conhece fronteiras, “num segundo, abateu todas as barreiras e distinções de raça, de religião, de censo, de poder”.
Mas, apesar de tudo, o padre Cantalamessa retira aspetos positivos desta pandemia: “Não devemos voltar atrás quando este momento tiver passado. Como tem nos exortado o Santo Padre, não devemos desperdiçar esta ocasião. Não deixemos que tanta dor, tantas mortes, tanto esforço heroico por parte dos profissionais de saúde tenha sido em vão. É esta a “recessão” que mais devemos temer.”
Na sua reflexão, o pregador da Casa Pontifícia pediu “um basta à trágica corrida às armas” e lançou um apelo aos jovens: “Vocês gritam com todas as vossas forças porque é, acima de tudo, o vosso destino que está em jogo. Destinemos os intermináveis recursos gastos em armas para finalidades mais necessárias e urgentes na actual situação: a saúde, o saneamento, a alimentação, o cuidado da criação”. E conclui: “Deixemos à geração que virá, se necessário, um mundo mais pobre de coisas e dinheiro, porém mais rico de humanidade.”