A Câmara de Loulé vai manter encerradas até setembro as piscinas interiores da sede do concelho e de Quarteira, como medida de reforço para poupar água e fazer frente à seca que afeta o Algarve.
O município algarvio justifica a medida com "o agravamento da seca" em Portugal e com o aumento da população no concelho, que "é consideravelmente superior" neste período do ano "em virtude do número de turistas que se encontram de férias".
"O município de Loulé decidiu esta terça-feira, 16 de agosto, reforçar a sua resposta à escassez de água. Deste modo, estão a ser implementadas medidas alicerçadas no recentemente aprovado Plano Municipal de Contingência para Períodos de Seca e que se vêm somar às que se encontram em vigor desde o passado dia 20 de julho, em concertação com os demais municípios do Algarve", revela a autarquia num comunicado.
Além de "prolongar o encerramento das piscinas interiores de Loulé e de Quarteira até ao final do mês de setembro", o município decidiu também "encerrar as piscinas exteriores de Loulé e de Salir às segundas, terças e quartas-feiras, a partir da próxima segunda-feira, 22 de agosto".
"Estes equipamentos exteriores manter-se-ão abertos nos restantes dias e nos seus normais horários de funcionamento. No seu conjunto, a soma das medidas em vigor desde 20 de julho com estas novas a aplicar a partir da próxima semana, deverá significar uma poupança total de 4.200 metros cúbicos ou 4.200.000 litros de água", quantifica o município do distrito de Faro.
A autarquia sublinha que este valor de poupança de água equivale "àquilo que seria o consumo médio de 420 habitações durante todo um mês".
Na nota, a Câmara de Loulé refere também que vão ser instalados equipamentos para reduzir o consumo de água dos utentes e funcionários destas infraestruturas, como "redutores de caudal nas torneiras e nos chuveiros" ou "temporizadores nos chuveiros".
Além disso, a autarquia aprovou também "a redução ou suspensão da rega em alguns dos espaços verdes do município" e o recurso, por parte dos serviços municipais, "a origens alternativas de água para a lavagem de ruas e pavimentos".
As regas que ainda forem feitas e a água para lavagem de ruas será retirada de "fontes como a das Bicas Velhas", acrescenta o município, que assim evita o consumo de águas superficiais disponíveis nas barragens da região.
No comunicado, a autarquia salienta que estas medidas têm por objetivo "zelar pelo bem-estar da sua população" e "assegurar um acesso a água com qualidade para o consumo humano" que permita "a satisfação das suas necessidades".