O início da nova legislatura marca também o regresso do CDS-PP ao Parlamento, ao ter conseguido dois lugares de deputados em coligação com a Aliança Democrática, isto depois de dois anos de ausência.
O antigo líder do CDS-PP, Paulo Portas mostrou alguma emoção no momento em que Nuno Melo, atual presidente do partido, colocou esta terça-feira a placa do grupo parlamentar do CDS-PP na sala que o partido vai agora ocupar na Assembleia da República.
Vários rostos históricos do partido fizeram questão de marcar presença neste momento "simbólico", como descreveu Paulo Núncio, considerando que o Parlamento sem o CDS-PP "está incompleto".
Em declarações aos jornalistas, Nuno Melo relembrou que "a vitória da AD foi possível também pelos votos no CDS" e que foi "um parceiro fundamental" que permitiu a mudança. Já Paulo Portas, visivelmente "emocionado", afirmou que este era "um dia de alegria, com certeza".
“É um momento histórico, é um momento emotivo e com um enorme simbolismo. Gostava de recordar que o CDS é um partido fundador da democracia, este ano vamos celebrar 50 anos do 25 de Abril e acredito que não será coincidência o CDS estar de volta à Assembleia da República depois de um curtíssimo interregno”, afirmou, acrescentando que foi "fundamental para a derrota" do PS.
Nuno Melo referiu ainda que a placa agora reposta “encerra uma história”, que "não se define por dois anos de ausência no Parlamento, define-se por 47 anos de pertença, de muito trabalho, de extraordinários grupos parlamentares, nas autarquias locais e nas regiões autónomas".
O líder do partido aproveitou para agradecer a todos os ex-presidentes e afirmou que neste dia "o protagonista é o CDS" e, questionado sobre o governo, disse que só falaria no dia da tomada de posse.
"Onde o CDS esteja, a direita estará sempre forte, segura e garantido bons resultados. Só me interessa o CDS. O CDS está neste Governo, ajudou à vitória, hoje é um dia histórico", reafirmou.
O CDS-PP regressa assim ao Parlamento com dois deputados.