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António Costa, primeiro-ministro, garante que não está nos planos o regresso dos adeptos aos recintos desportivos em breve. Em conferência de imprensa para divulgar as medidas do estado de contingência, que entra em vigor a 15 de setembro, Costa recusa comparações ao comportamento do público num estádio e num cinema.
"Não permitimos a existência de público nos recintos desportivos de forma a evitar riscos de contaminação. Muitas vezes perguntam porque é possível as irem ao cinema, concertos e teatros. Muitos de nós que já fomos a recintos desportivos e sabemos que o nosso comporamento no cinema é muito diferente de quando estamos a assistir um espetáculo desportivo", disse.
Nesse sentido, a natureza do comportamento dos adeptos de desporto "impõe restrições para presença de público nos estádios de futebol e outros recintos desportivos".
Portugal registou, esta quinta-feira, mais 585 casos de infeção de Covid-19, assim como mais três mortes. No total, o país contabiliza 62.126 casos de Covid-19, dos quais 43.441 já recuperaram. Há a lamentar a morte de 1.852 pessoas.
Esta quinta-feira arrancam as competições profissionais de futebol, com o Estoril-Arouca na II Liga. No próximo fim-de-semana arranca a I Liga de futebol.
Em declarações a Bola Branca, Tiago Madureira, diretor de conteúdos e media da Liga de Clubes, lamentou que o governo não tenha autorizado a realização de testes à presença de público nos estádios durante a pré-época.
"Existia a possibilidade de aproveitar este período para fazer jogos-teste, pilotos. Temos casos na Europa em que as ligas vão começar sem público, como Itália e Inglaterra, mas fizeram os seus testes, que permite colocar em prática os planos de contingência e as adaptações feitas nos estádios para que o público possa regressar em conformidade com os protocolos sanitários", lamenta.
Já Martha Gens, presidente da Associação Portuguesa de Defesa do Adepto, diz que a ausência de adeptos nos estádios é uma questão de teimosia por parte da DGS e governo.
"Determinados campos têm, uma média, três mil espetadores nas bancadas, um terço da sua capacidade, e, num contexto de crise económica, não vejo que as pessoas corressem agora para os estádios e que existissem grandes enchentes. Não percebemos que outras atividades vão retomando a sua atividade e o futebol, de uma forma muito teimosa, continue a ficar de fora", afirmou à Renascença.