O Governo não pretende reconduzir a actual gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD). O mandato da administração termina no início do ano e, segundo avança esta quarta-feira, o “Jornal de Negócios”, o executivo de António Costa prepara-se para substituir a equipa de José de Matos, o actual presidente, assim que fechar o Orçamento do Estado para 2016.
A Renascença já contactou o Ministério das Finanças que não comenta a notícia.
De saída estarão, entre outros, o presidente, José de Matos, e o número dois, Nuno Fernandes Thomaz.
Já o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo da Caixa Geral de Depósitos não se mostra surpreendido. O presidente, João Lopes, diz que aguardam a mudança de cadeiras para Março ou Abril.
“Encara-se com perfeita normalidade e até com alguma previsibilidade que isso venha a suceder. Já tínhamos a noção de que esta manutenção tinha que ver com a apresentação de contas do exercício de 2015, que é uma prática habitual nas empresas públicas, e que lá para Março ou Abril isso viesse a suceder”, explicou.
Nestas declarações à Renascença, o Sindicalista deixou ainda críticas à actual gestão, que, garante, não se demarcou do anterior governo.
“Foi uma gestão muito pautada por um cumprimento muito certinho das directivas do Ministério da tutela do anterior governo, tanto do Dr. Vitor Gaspar como da Dra. Maria Luída Albuquerque”, diz, acrescentando que a administração nunca assumiu “a plena independência que deveria ter e que os estatutos da Caixa lhe conferem”.