O diretor de cinema americano Woody Allen apresentou uma queixa contra os estúdios da Amazon, exigindo uma indemnização de 68 milhões de dólares (60 milhões de euros) por incumprimento de um contrato para a produção de quatro filmes.
De acordo com a denúncia citada pela agência EFE, a Amazon recusou-se a transmitir o último filme de Woody Allen, "A Rainy Day in New York", concluído há seis meses, devido a "uma acusação infundada (de assédio sexual) de há 25 anos".
Dyla Farrow, filha do cineasta, acusou o pai de abusos sexuais quando tinha 7 anos, alegações que Woody Allen negou repetidamente.
No processo aberto hoje contra a gigante de televisão pelo diretor de cinema, uma notícia avançada em primeira mão pela revista 'Variety', Allen também critica a Amazon por ter dado "vagas razões" para quebrar o cumprimento do acordo.
"A Amazon tentou justificar a sua ação referindo-se a uma acusação infundada de há 25 anos contra Allen, mas essa acusação já era bem conhecida pela Amazon, antes da Amazon chegar a acordo com Allen para quatro filmes", diz o texto dos advogados citado pela publicação.
Em 1992, a então parceira do cineasta, Mia Farrow, alegou durante o processo de separação, que Woody Allen tinha abusado de Dyla, filha adotiva de ambos.
No documento, os advogados de Allen argumentam que em janeiro de 2018, após o nascimento do movimento #MeToo, a Amazon propôs ao cineasta que a transmissão do filme fosse adiada até 2019, tendo Allen aceitado.