A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) dá conta da libertação de três religiosas da Congregação de São José de Cluny que tinham sido raptadas num orfanato num bairro de Port-au-Prince, a capital do Haiti.
De acordo com a AIS, as religiosas foram raptadas por homens “fortemente armados” que invadiram na passada terça-feira, 5 de março, pelas 14 horas [mais 5 horas em Portugal], o orfanato La Madeleine, em Morne à Cabrits, onde residem várias religiosas da congregação de São José de Cluny, e libertadas na quarta-feira.
A fundação pontifícia assinala que o rapto das três irmãs de São José de Cluny mostra também a situação de enorme insegurança em que se encontram os membros da Igreja no Haiti.
O Haiti vive momentos de particular violência, após gangues terem invadido no sábado, dia 2 de março, duas prisões em Port-au-Prince, libertando milhares de reclusos e levando as autoridades a decretar o estado de emergência e o recolher obrigatório.
“Há cerca de duas semanas, seis religiosos da Congregação dos Irmãos do Sagrado Coração e um padre foram também raptados em dois incidentes distintos em Port-au-Prince. Ao contrário do sacerdote, os seis religiosos continuam em cativeiro”, indica a AIS.
No mais recente Relatório da Liberdade Religiosa no Mundo, publicado em junho do ano passado, e que aborda o período correspondente aos anos de 2021 e 2022, alerta-se que o país “entrou numa espiral de caos político, económico e social”, e que “as estruturas estatais como o Parlamento, o poder judicial e a administração pública entraram em colapso”.