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Pelo menos 40 trabalhadores da Sonae MC da Azambuja, no distrito de Lisboa, estão infetados com a Covid-19.
De acordo com o presidente da Câmara da Azambuja, Luís de Sousa, a empresa de retalho e distribuição alimentar, onde trabalham 800 trabalhadores, está a fazer testes a todos os trabalhadores para se perceber se o foco está contido à "seção de frios".
"A empresa está dividida por blocos, o foco deu-se só na parte do frio e neste momento sabe-se, para já, que estão 40 pessoas infetadas. A empresa está a fazer testes a todos os trabalhadores para ver se o foco ficou por ali ou houve propagação", explica.
À Renascença, o autarca da Azambuja reforça que a empresa tem vindo a tomar medidas de contingência mais apertadas como "o desfasamento de horários" para que se evite a concentração de trabalhadores.
No entanto, o problema parece estar nas "muitas deslocações" que os funcionários fazem por todo o país - como Coimbra, Lisboa e Porto - e, nesse aspeto, "não se pode culpar ninguém".
"Todos os dias, diariamente, percorrem ali 8 mil e 8.500 trabalhadores. Muitos deles vão de comboio, outros de transportes públicos. Também muitos motoristas entram e saem da empresa e andam pelo país inteiro. Portanto, é natural que a propagação acontecesse e, muitas vezes, não se cumprem os dois metros de distância social que devemos ter."
O presidente da Câmara da Azambuja adianta que os funcionários de outras fábricas na zona estão também a ser testados, nomeadamente na Jerónimo Martins, onde prosseguem testes em massa e que até agora não regista casos de Covid-19 positivos.
"Os testes da Jerónimo Martins devem ficar esta quarta-feira concluídos. Até agora, nenhum trabalhador testou positivo. Ontem, havia cinco casos inconclusivos e terão de repetir os testes", esclarece.
Depois da Avipronto, na Azambuja, com 129 trabalhadores infetados com Covid-19, este é já o segundo surto de Covid-19 na cintura industrial daquela região.
Num comunicado enviado à Renascença, a Sonae MC garante que tem cumprido "um sólido plano de contingência, totalmente alinhado com as recomendações das autoridades de saúde e atestado pela Direção Geral da Saúde", no sentido de "de garantir que o nível de risco de propagação entre colegas é de ‘muito baixo risco’".