D. Aves pede auditoria e “atira-se” à herança pesada
07-06-2020 - 21:06
 • Renascença

Clube reage às notícias que o Público tem divulgado sobre relações estreitas com o Benfica.

O D. Aves pediu uma auditoria externa às administrações anteriores da SAD do clube e lembra que tem sido “penalizada por força da herança recebida”.

É esta a reação oficial do clube avense, que se diz disponível para colaborar com as autoridades, às notícias dos últimos dois dias do “Público”.

O jornal dá conta de relações próximas entre o D. Aves e o Benfica, com conta-corrente aberta, nos últimos anos.

Segundo a notícia do “Público”, o D. Aves deve cerca de 800 mil euros aos encarnados, mas já terá devido dois milhões de euros. A dívida em questão seria suficiente para o D. Aves não se inscrever na I Liga.

Em causa, alegadamente, empréstimos encapotados. Luquinhas, Ponck, Hamdou Elhouni, Derley, Ricardo Mangas, Bruno Lourenço, André Ferreira, Salvador Agra, Cristian Arango e Mato Milos são alguns dos jogadores envolvidos.

As autoridades também estarão já em cima do caso, com a Operação Mala Ciao.

O Benfica não reagiu oficialmente ao caso.

Leia o comunicado do D. Aves, na integra:

“Na sequência das notícias dos últimos dias, que envolvem a SAD do CD Aves, a atual administração garante estar totalmente disponível para colaborar com a justiça no apuramento de responsabilidades, de modo a repor o seu bom nome. Atenta ao evoluir da situação, a SAD do CD Aves tinha já pedido uma auditoria externa ao exercício de administrações anteriores, que tem na sua posse e que está a ser analisada para eventual apuramento de responsabilidades.

A atual administração sublinha ainda que a sua gestão ao longo da presente temporada foi muito penalizada por força da herança recebida das gestões anteriores, que acabaram por condicionar as verbas que planeava aplicar não só na construção do plantel, como no desenvolvimento das estruturas do clube.


Como tal, a atual administração do CD Aves reserva o seu direito de apurar responsabilidades através dos competentes meios legais”.