O Reino Unido tem novas notas de plástico e já estão envoltas em polémica. O uso de vestígios de gordura animal está a provocar a ira e milhares de reclamações de vegetarianos e grupos religiosos. O Banco da Inglaterra (BdI) garantiu esta quinta-feira que há riscos ambientais para usar uma alternativa derivada de óleo de palma e o Governo argumentou que é demasiado caro.
O BdI lançou no ano passado as primeiras notas de polímero, mais duráveis e difíceis de falsificar. Mas mais de 130 mil pessoas assinaram uma petição “online” que pede ao BiD para parar de usar produtos de origem animal – pequenos volumes de sebo, que provêm das vacas e das ovelhas – nas notas.
Alguns templos hindus e cafés vegetarianos recusaram-se a aceitar a nova nota de cinco libras, que tem estampada a face de Winston Churchill.
"O banco reconhece plenamente as preocupações levantadas por membros do público e não tomou a decisão de ânimo leve", disse na quinta-feira o BdI.
A única alternativa para as notas de polímero é a utilização de produtos químicos mais caros derivados de óleo de palma, mas os fornecedores do BdI afirmam que não o conseguem fazer salvaguardando as questões ecologistas.
Além das preocupações ambientais, o BdI disse que a alteração iria custar 18 milhões de euros nos próximos dez anos.
As notas de 20 e 10 libras de polímero, que serão lançadas em Setembro, também vão ser fabricadas com produtos de origem animal.