O diretor da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) norte-americana, Chris Magnus, pediu a demissão, numa altura em que os Estados Unidos enfrentam uma vaga sem precedentes de imigrantes indocumentados na fronteira com o México.
Em 24 de outubro, Magnus tinha dito que "os regimes fracassados da Venezuela, Cuba e Nicarágua continuam a impulsionar uma nova onda de imigração em todo o hemisfério".
As autoridades dos Estados Unidos realizaram um novo máximo de detenções de imigrantes indocumentados durante o ano fiscal de 2022, com um total de 2.766.582.
Este número recorde inclui um aumento substancial das detenções de venezuelanos, que passaram de 5.279 em maio para 17.811 em julho e 33.961 em setembro, mês que encerra o período fiscal.
Na fronteira sudoeste, do Texas à Califórnia, as autoridades fizeram 2.378.944 detenções, um aumento de 37,1% em relação aos números do ano fiscal de 2021 e 85% do total dos mais de 2,7 milhões de detidos este ano.
Os números de detidos não refletem as capturas individuais, pois muitos imigrantes indocumentados são detidos, expulsos, cruzam a fronteira novamente e são detidos outra vez.
Em todo o ano fiscal, as autoridades efetuaram 823.057 detenções de migrantes mexicanos, 238.061 de guatemaltecos, 224.607 de cubanos, 214.975 de hondurenhos, 164.600 de nicaraguenses, 130.971 de colombianos e 97.197 de salvadorenhos.
Os números de 2022 mostram 1.993.694 detenções de adultos que viajavam sozinhos, um aumento de 50% em relação ao ano anterior.
No período fiscal que terminou recentemente, houve 614.023 detenções de famílias, perante 483.846 no ano anterior.
As autoridades norte-americanas efetuaram ainda 152.880 prisões de menores que viajavam sozinhos, um número quase semelhante ao registado no ano fiscal de 2021.