O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, afirmou hoje que a nomeação do cardeal D. José Tolentino Mendonça para o Dicastério para a Cultura e a Educação do Vaticano é "o reconhecimento de uma grande personalidade da cultura portuguesa".
"É mesmo uma grande satisfação do ponto de vista pessoal e um reconhecimento da sua singularidade, não apenas em Portugal, mas no contexto da Igreja Católica. É uma decisão que nos deixa a todos, portugueses, muito contentes", disse Pedro Adão e Silva aos jornalistas, no final de uma conferência de imprensa sobre apoios financeiros da Direção-Geral das Artes.
O cardeal português D. José Tolentino Mendonça foi hoje nomeado pelo Papa Francisco prefeito do novo Dicastério para a Cultura e a Educação, informou o Vaticano.
O Dicastério para a Cultura e Educação reúne as responsabilidades que até agora estavam atribuídas à Congregação da Educação Católica e ao Conselho Pontifício para a Cultura, ficando com a tutela, nomeadamente, da rede escolar católica do mundo inteiro, com 1.360 universidades católicas e 487 universidades e faculdades eclesiásticas, com 11 milhões de alunos, e outras 217 mil escolas, com 62 milhões de crianças.
Por outro lado, o cardeal madeirense Tolentino Mendonça, cuja nomeação foi antecipada na sexta-feira pelo jornal "online" 7Margens, coordenará o diálogo da Igreja universal com o mundo da cultura.
O cardeal José Tolentino Mendonça, de 56 anos, vai substituir no ex-Conselho Pontifício para a Cultura o cardeal Gianfranco Ravasi, que completa os 80 anos em outubro e, na ex-Congregação da Educação Católica, o cardeal Giuseppe Versaldi, que fez 79 anos em julho.
Até agora, o cardeal português desempenhava as funções de arquivista e bibliotecário do Vaticano.