O CDS-PP pediu uma audição urgente do ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, sobre a atribuição de donativos e fundos às vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande, “na primeira oportunidade, no recomeço dos trabalhos” parlamentares.
O requerimento enviado ao presidente da Comissão de Agricultura e Mar, surge na sequência de uma reportagem emitida pela TVI, que aludia a eventual compadrio na seleção de casas para reconstrução.
Os centristas consideram “que este é um assunto de extrema gravidade e sobre o qual é urgente e imprescindível obter todos os esclarecimentos por parte do Governo”.
O CDS pretende apurar se há ou não envolvimento de elementos com responsabilidades na gestão e na comissão técnica do Fundo Revita em alegadas irregularidades na revalidação de casas a recuperar e a reconstruir nos vários concelhos, nomeadamente em Pedrógão Grande. Os centristas querem ainda saber “se o Ministério Público foi informado e se está a desenvolver alguma diligência no sentido de apurar a verdade dos factos”.
Esta sexta-feira, o presidente da Câmara de Pedrógão Grande também reagiu à reportagem televisiva. Em comunicado, Valdemar Alves afirma que a "nunca a Câmara Municipal entregou qualquer verba a quem quer que fosse para que promovesse diretamente alguma construção”.
O autarca recorda que a “Câmara Municipal de Pedrógão Grande não deteve, detém ou deterá qualquer conta bancária ou valor monetário referente à reconstrução de habitações. Todos os donativos efetuados foram diretamente para o REVITA, sendo que as instituições privadas (com ou sem fins lucrativos), que decidiram não integrar o Revita [fundo que gere os donativos] efetivaram o seu apoio às habitações de modo direto. Estes dinheiros nunca, em qualquer circunstância, estiveram ou virão a estar na posse ou sob a gestão da Câmara Municipal”.