Comandos. Dos 57 militares do curso apenas 13 acabaram e recebem a boina
11-08-2017 - 07:24

Número de desistências no 128.º curso ultrapassou em grande medida as saídas registadas no anterior curso, que ficou marcado pela morte de dois instruendos.

Os 13 militares que terminaram com aproveitamento o 128.º curso de Comandos, dos 57 que iniciaram a instrução, recebem esta sexta-feira a boina, ao fim de mais de três meses de formação.

Dois são oficiais, dois sargentos e nove praças, segundo informações disponibilizadas em Julho pelo Exército.

O 128.º curso começou em 7 de Abril com 57 instruendos e tinha registado até meados de Maio 40 desistências, todas a pedido.

Desde Maio saíram mais quatro instruendos, restando os 13 formandos que recebem hoje a boina e o crachá da tropa Comando, numa cerimónia que será presidida pelo ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e irá decorrer no Regimento de Comandos, na Carregueira.

O número de desistências no 128.º curso ultrapassou em grande medida as saídas registadas no anterior curso, que ficou marcado pela morte de dois instruendos, Hugo Abreu e Dylan Silva, que ainda estão a ser investigadas.

No 127.º curso, em 2016, 27 dos 67 candidatos iniciais decidiram voluntariamente abandonar a formação.

Antes da cerimónia que marca o encerramento do 128.º curso de Comandos, o ministro da Defesa Nacional irá presidir à entrega do Estandarte Nacional à 2.ª Força Nacional Destacada (FDN) na missão da Organização das Nações Unidas (ONU) na República Centro-Africana (MINUSCA).

Na semana passada, fonte do Exército disse à Lusa que a partida do 2.º contingente militar para a missão da ONU na República Centro Africana (RCA) está prevista para os dias 25 de agosto e 4 de Setembro.

No dia 25 de Agosto deverá partir de Lisboa o Destacamento Avançado e no dia 4 de Setembro sairá o grosso da força, composta por cerca de 160 homens.

A rendição da 1.ª Força Nacional Destacada (FND) estava prevista para o fim de Julho, mas teve que ser adiada por o Exército ter de substituir seis dos militares, comandos, que por terem sido acusados no âmbito de um processo criminal não poderão integrar a missão da ONU (MINUSCA).