As 150 horas já é o tempo de trabalho extra para enfrentar as dificuldades de falta de clínicos no SNS e para impedir o encerramento de serviços.
Porque é mais de 20 hospitais podem entrar em rutura em outubro? A Renascença explica.
Mas recusam porquê?
De acordo com a Ordem dos Médicos e um movimento criado para representar os clínicos nesta questão, “Médicos em luta”, as 150 horas já foram ultrapassadas na grande maioria dos casos. Razão pela qual se recusam a acrescentar mais tempo de trabalho.
Esse cenário não põe em causa o atendimento dos doentes?
Essa foi uma questão colocada pela Renascença ao Bastonário da Ordem dos Médicos. Carlos Cortes diz que o trabalho extra sobre o trabalho extra é que põe em risco o atendimento aos doentes uma vez que o cansaço dos clínicos pode ser um fator de perturbação e mau atendimento. O bastonário sublinha que esta recusa dos médicos é uma atitude em defesa dos doentes.
Quais são os hospitais com mais dificuldades?
A Ordem dos Médicos diz que, a partir deste mês, cerca de 25 hospitais ficarão em dificuldades. Contudo, em seis haverá já problemas evidentes: Caldas da Rainha, Tomar, Santarém, Barcelos, Guarda e Chaves.
Que tipo de serviços estarão já a registar problemas?
O cenário poderá ser mais complicado em serviços de urgência geral, urgência de pediatria, urgência de cirurgia, entre outros.
Há alguma solução à vista?
O Bastonário da Ordem dos Médicos já solicitou uma reunião urgente com o ministro da saúde, Manuel Pizarro, para debater problemas. O ministro, confrontado com este cenário, garantiu estar em diálogo com os profissionais mas já admitiu que, a partir deste mês, algumas urgências poderão ter problemas. Aparentemente, não há uma solução imediata.