Emmanuel Macron disse nesta quinta-feira, durante uma breve visita a Irpin, nos arredores de Kiev, que a Ucrânia "deve ser capaz de resistir e de vencer" e garantiu que a França está do lado dos ucranianos.
Questionado por jornalistas sobre as declarações em que dizia que a Rússia não deveria ser "humilhada", opinião que foi muito criticada na Ucrânia, Emmanuel Macron garantiu que a França apoia a Ucrânia.
"A França está ao lado da Ucrânia desde o primeiro dia (...). Estamos ao lado dos ucranianos sem ambiguidades. A Ucrânia deve ser capaz de resistir e de vencer", disse o presidente francês.
Macron está de visita à Ucrânia numa comitiva que conta com o chanceler alemão, Olaf Scholz, bem como o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi.
Esta viagem “é uma mensagem de unidade europeia aos ucranianos e ucranianas, de apoio para falar do presente e do futuro, porque sabemos que as próximas semanas serão muito difíceis", assinalou Macron, numa breve declaração.
Pelo seu lado, Olaf Scholz afirmou à imprensa alemã, pouco antes da sua chegada a Kiev, que o objetivo da sua viagem é garantir a solidariedade e a continuidade do apoio à Ucrânia perante a invasão russa.
“Mas não só queremos demonstrar solidariedade, como garantir também que a ajuda que estamos a organizar – financeira, humanitária, mas também de armamento – continuará. E que continuaremos com ela quanto tempo seja necessário para a luta pela independência da Ucrânia", disse.
Macron, Scholz e Draghi viajaram juntos durante toda a noite num comboio especial, que partiu de uma estação na Polónia não identificada.
Cada um viajou na sua carruagem, mas mantiveram uma reunião de cerca de duas horas para preparar um encontro com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy.
Os meios italianos destacaram as fortes medidas de segurança tanto no comboio como na chegada a Kiev, que ocupou cerca de 300 membros do exército ucraniano.
Esta viagem acontece num momento-chave, poucos dias antes do Conselho Europeu de 23 e 24 de junho, do qual a Ucrânia espera um gesto simbólico muito forte, com o apoio da candidatura deste país à União Europeia.
O Palácio do Eliseu insistiu que falta encontrar "um equilíbrio entre as aspirações ucranianas" e as de outros países candidatos à entrada na UE já envolvidos em negociações, além de que "não há que desestabilizar nem fraturar a UE"
Além dos três líderes, chegou a Kiev o Presidente romeno, Klaus Iohannis, que também participará num encontro com Zelenskiy.