Celebram-se esta quinta-feira os 162 anos do nascimento do Padre Cruz, padre jesuíta cujo processo de beatificação foi enviado para o Vaticano no final do ano passado.
Devido às restrições impostas pela pandemia, a Vice-Postulação da Causa informa que “não será celebrada missa na capela do Cemitério de Benfica nem o jazigo onde repousam os restos mortais do sacerdote jesuíta será aberto aos fiéis”.
A Vice-Postulação da Causa de Beatificação e de Canonização do Padre Cruz recorda ainda que o cumprimento das normas de segurança é para o bem de todos e apela à prudência, pedindo às pessoas para terem cuidado, caso se desloquem ao cemitério.
O processo de canonização do Padre Cruz teve início a 10 de março de 1951 e a fase diocesana decorreu até 18 setembro de 1965.
Posteriormente, foi necessário completar o processo com os elementos requeridos pelas novas normas para a instrução dos processos de canonização.
Depois de vários momentos que passaram pela audição de várias testemunhas sobre as virtudes heroicas do Servo de Deus, a terceira Comissão Histórica deste processo, nomeada a 11 dezembro de 2018 pelo Cardeal-Patriarca D. Manuel Clemente, entregou, no dia 1 de outubro de 2019, os documentos e a sua análise crítica.
Após a clausura do processo supletivo – que ocorreu a 17 de dezembro de 2020, este foi apresentado à Congregação para as Causas dos Santos pelo Postulador da Companhia de Jesus, o padre Pascual Cebollada, sj.
Compete a esta congregação nomear um relator que depositará no Postulador da Companhia de Jesus e no Vice-Postulador o encargo de redigir a Positio que é o documento final que resumirá toda a vida do Padre Cruz, a sua biografia, bem como os documentos e testemunhos que pretendem atestar a sua vida de santidade.
O padre Francisco Rodrigues da Cruz nasceu em 29 de julho de 1859 e faleceu no dia 1 de outubro de 1948.
Foi admitido na Companhia de Jesus a 2 de setembro de 1940 por decisão do papa Pio XII e a 3 de dezembro do mesmo ano fez os seus últimos votos. A característica dominante de toda a sua ação sacerdotal foi o apostolado, uma vida de peregrinação, de norte a sul do país, Açores e Madeira, em 1942. Por todos os lugares emanava a sua bondade, caridade e amor a Deus, a Nossa Senhora, a sua devoção ao Santíssimo Sacramento era por todos conhecida. O terço e o breviário acompanhavam-no sempre.
Abordava toda a gente de igual forma, crentes e descrentes, sem olhar a classes sociais, mas sempre dedicando especial atenção aos ‘seus’ presos, doentes, pobres, muitos que só a ele se confessavam, distribuindo conforto espiritual e material.