Governo e autarquias reúnem-se na terça-feira para discutir medidas de combate à seca que atravessa o país.
“Esta agendada para amanhã, com o grupo de trabalho que acompanha o tema, uma reunião com o Ministério do Ambiente”, anuncia a presidente da Associação Nacional de Municípios (ANMP).
À Renascença, Luísa Salgueiro admite que o assunto está a preocupar todos os presidentes de Câmara.
“Na última reunião do conselho diretivo foi um dos temas tratados: a necessidade que temos de acompanhar as medidas nacionais – o que aliás já está a acontecer, porque os municípios mais uma vez são decisivos para que o país consiga alterar o cenário atual e ter medidas que o alterem também no futuro”, defende.
Luísa Salgueiro diz ter recebido sinais de preocupação por parte dos autarcas, que esperam maior articulação com o executivo. “Há uma preocupação transversal, não há nenhuma região que tenha em particular trazido mais acuidade no tema”, avança.
“O que nos pedem é articulação. O papel da Associação Nacional de Municípios é, enquanto parceiro, negociar com o Governo e também entre nós encontrar soluções que permitam alterar a situação, mas não há nenhum pedido em concreto, porque cada município sabe bem a responsabilidade que as comunidades intermunicipais têm para poder alterar o cenário”, afirma ainda.
No Sabugal, distrito da Guarda, a Câmara Municipal está a tomar medidas para assegurar o fornecimento de água às explorações pecuárias que venham a ser afetadas pela seca.
No plano nacional, a ministra da Agricultura vai insistir junto da Comissão Europeia no pedido para reforçar os adiantamentos de medidas de apoio aos agricultores por causa da seca. Em entrevista à Renascença, Maria do Céu Antunes diz ser necessário apoiar o sector que se debate com um aumento significativo dos custos de produção.