O vice-presidente da Frente Cívica diz que a decisão do juiz de instrução de libertar os três detidos no âmbito da megaoperação na Madeira é "muito bizarra".
À Renascença, João Paulo Batalha refere que, apesar de ser natural que possa haver uma discordância entre o Ministério Público e o juiz de instrução, neste caso trata-se de "uma discordância demasiado violenta".
O especialista no combate à corrupção defende que "mais do que esclarecimentos públicos" sobre o que levou a que os suspeitos fossem detidos durante 21 dias, o importante é que "esteja o processo a andar".
"Estar a fazer conferências de imprensa e mais comunicados só aumenta ruído. É fundamental que seja no processo que haja esclarecimentos", reitera.
O vice-presidente da Frente Cívica diz que é fundamental "que se aprenda alguma coisa" com este tipo de processos, mas "parece que não se faz uma avaliação dos processos".
Para João Paulo Batalha, era importante uma reflexão regular "para dar diretrizes como se deve proceder em processos semelhantes, para garantir o mínimo de eficiência".
Depois de 21 dias, os três detidos das investigações na Madeira saíram em liberdade esta quinta-feira, com termo de identidade e residência.
O juiz de instrução considera que não há indícios que tenha sido cometido qualquer crime por parte dos três suspeitos.