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O secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, quer os jovens pais com redução de horário semanal para poderem dar assistência aos filhos até aos três anos.
A proposta avançada esta sexta-feira, durante uma ação de campanha em Castelo Branco, não consta no programa eleitoral do Partido Socialista (PS).
“Nós queremos negociar com os parceiros sociais a redução do horário semanal de trabalho, das 40 para as 37 horas e meia, para os jovens pais com filhos até aos três anos. Nós queremos que os jovens pais possam acompanhar os filhos nos primeiros três anos de vida”, declarou.
A medida não é universal, é específica para quem tem filhos nas creches, detalhou Pedro Nuno Santos.
O discurso do líder socialista em Castelo Branco serviu também para responsabilizar o presidente do PSD, Luís Montenegro, pela escolha de cabeças de lista como o de Santarém, que coloca em causa as alterações climáticas.
O candidato a primeiro-ministro também criticou o ex-líder social-democrata Durão Barroso, que esta sexta-feira descreveu Portugal num artigo de opinião como sendo o país mais pobre da Europa Ocidental.
“Vamos começar pelo Governo de um barão [do PSD] que entrou hoje na campanha. 2002 e 2004, governava o PSD, e a taxa de risco de pobreza após transferência sociais aumentou de 19% para 19,4%. Entre 2005 e início de 2011, governou o PS. A taxa de pobreza desceu de 18.5% para 18%. 2011-2015, governavam eles e a taxa de pobreza aumentou de 17,9% para 19%. 2019 para 2023, governo nosso, baixou de 18,3% para 17%. Ela baixa connosco e cresce com eles”, afirmou o líder do PS.
Pedro Nuno Santos deixou críticas a Durão Barroso, a Luís Montenegro, mas também ao “futuro adversário do PS”, Pedro Passos Coelho.
“Quem convidou Passos Coelho para um comício não fomos nós e, obviamente, não podemos esquecer aquilo que aconteceu no tempo em que governou. Não fomos nós. Já percebemos que será nosso futuro adversário”, afirmou o líder socialista.
Pedro Nuno Santos deixou uma nova farpa ao cabeça de lista da AD por Santarém, que lançou dúvidas sobre as alterações climáticas. Pedro Nuno Santos concluiu com um “Deus nos livre” que Oliveira e Sousa venha a ser ministro da Agricultura.
As eleições legislativas estão marcadas para 10 de março.