A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) diz que o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, "ainda não foi capaz de um acordo digno e sem artimanhas escondidas nas cláusulas, com a justa atualização da grelha salarial para todos os médicos".
O resultado vai ter de ser "convincente e não pode defraudar as expectativas dos médicos e da população" e tem de existir vontade política em resolver "a situação catastrófica que se vive no SNS", indica a estrutura sindeical em comunicado.
"Qualquer perda de direitos, que coloque médicos e doentes em risco, vai ser recusada liminarmente pela FNAM. Os milhares de médicos que ainda se mantêm no SNS, com muito esforço pessoal para o manter de pé, e que todos os dias saem de casa para o trabalho sem saber a que horas voltam, sabem que, para confiar nas palavras de Manuel Pizarro, têm que ver um acordo escrito satisfatório, com propostas capazes não só de os manter no SNS, mas também de recuperar muitos dos que dele saíram."
A FNAM admite estar sempre disponível para assinar um acordo, aceitando que algumas medidas possam vir a ser faseadas dentro de um "tempo realista", mas dizem necessitar de garantias de que a carreira médica e o SNS têm o futuro salvaguardado.
A FNAM afirma manter as suas formas de luta, o apoio a todos os médicos que entreguem as declarações de indisponibilidade para não fazer mais trabalho suplementar para além do limite anual das 150 horas, a greve dos dias 14 e 15 de novembro, as manifestações locais no dia 14 e a ida a Bruxelas para reunir com os eurodeputados e a comissária para a Saúde, Stella Kyriakides, de forma a apresentar um retrato da situação da Saúde em Portugal e, nesse âmbito, as soluções da Federação.