Bloco de Esquerda, Iniciativa Liberal, Chega e PAN foram os mais duros perante a proposta do Governo para isentar do pagamento de impostos os clubes, equipas e a organização da final da Champions, que vai realizar-se em Portugal, em agosto. São esses os partidos que já anunciaram o voto contra na votação de amanhã.
André Silva, do PAN, falou mesmo em "borlas fiscais" que são imorais, diz o deputado, perante as várias consequências da pandemia na sociedade portuguesa. O Governo contra-argumenta, alegando que é apenas o princípio da reciprocidade que está em causa: é assim quando clubes portugueses vão jogar fora em competições deste género – e o princípio serve para evitar a dupla tributação.
Mais, acrescentou, a realização do evento torna-se ainda mais necessária no atual contexto, com António Mendonça Mendes a manifestar esperança de que sirva para promover a imagem do país e ajudar na recuperação económica.
O Bloco de Esquerda torceu o nariz ao argumento do secretario de Estado dos Assuntos Fiscais: com estádios vazios, é pouco provável que venham turistas.
Do lado oposto do hemiciclo, cartão vermelho da Iniciativa Liberal, mas também do Chega. O CDS foi igualmente crítico, mas não quis revelar o sentido de voto.
PSD e PCP vão abster-se na votação de amanhã.