O PSD vai votar em todas as iniciativas parlamentares que inviabilizem a descida da taxa social única (TSU). Isto, apesar de há menos de um mês o seu vice-presidente Marco António Costa ter defendido o alargamento da medida às instituições de solidariedade social.
“Eu não sonhava – e julgo que nenhum português sonhava – que o Governo tinha acabado de negociar e assinar um acordo na concertação social sem ter o apoio dos partidos aliados no Parlamento”, começa por justificar numa entrevista à Renascença.
“O pressuposto da minha declaração é que aquela medida iria avançar sempre com o apoio dos partidos da maioria e, avançando, teria que ter necessariamente, por moralidade, um alargamento às IPSS”, prossegue.
Convidado do programa da manhã, Marco António Costa volta a sublinhar que o que está em causa “é que nós todos desconhecíamos que o Governo tinha acabado de assinar ou de acordar com os parceiros sociais uma medida relativamente à qual não tinha o apoio dos seus parceiros”.
Quanto à posição que o partido irá tomar sobre as iniciativas legislativas apresentadas pela esquerda no Parlamento, o vice-presidente social-democrata recusa avançar cenários.
“Não vou antecipar sem ler os textos todos e sem termos essa matéria definida dentro dos órgãos do partido”, responde.
Garantido é que “o PSD votará as iniciativas que impeçam a implementação da baixa da TSU para as empresas, como uma medida que está banalizada sob ponto de vista da sua utilização, provocando por isso uma distorção”.