Doze das 31 réplicas de quadros da exposição "ComingOut", instalada em ruas de Lisboa pelo Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), foram furtadas dos locais onde tinham sido afixadas, há dois meses.
Contactada pela agência Lusa, fonte do gabinete de comunicação do MNAA indicou que as 19 reproduções que ainda se mantêm - em escala real, com molduras em madeira e tabelas, tal qual são expostas num museu - não foram vandalizadas.
Inaugurada a 29 de Setembro, a exposição colocou 31 réplicas de grandes obras da colecção do MNAA em várias ruas das zonas do Chiado, Bairro Alto e Príncipe Real.
Relativamente aos furtos, o museu considera que, "sem deixarem de ser actos condenáveis, parecem demonstrar um irrefreável ‘amor à arte’ ou, melhor, ‘amor à reprodução’, por parte de alguns cidadãos".
O museu sublinha que as reproduções expostas não têm qualquer valor patrimonial.
"Inferno", reprodução de uma pintura do século XVI, criada por um mestre português desconhecido, que se encontrava na rua da Rosa, no Bairro Alto, foi a primeira réplica a ser furtada, 48 horas após a inauguração da mostra.
O MNAA considera que o carácter interactivo da exposição proporciona este tipo de situações, mas espera que as pessoas acolham bem e estimem as obras expostas.
"ComingOut. E se o Museu saísse à rua?" segue o projecto desenvolvido em Londres, nos bairros de Convent Garden, Soho e Chinatown, pela National Gallery, denominado "The Grand Tour".
Com este projecto, o museu - que detém um dos mais importantes espólios de arte portuguesa - tem por objectivo divulgar o património artístico e histórico do seu acervo ao público nacional e estrangeiro.